domingo, 28 de outubro de 2012

Indumentária do Egito | a roupa como distinção social e os rituais de beleza da Rainha Cleópatra.


O Egito foi uma das maiores civilizações que já existiram em todos os tempos. Possuíram um grande conhecimento em diversas áreas, ricos em termos de tecnologia, arte e arquitetura. Sendo eles que, notadamente, deram início à medicina, matemática e astrologia. Também tiveram um grande conhecimento na questão estética e não falo apenas das mulheres, mas também dos homens.  Os símbolos de vaidade, beleza e ostentação, sempre foram características marcantes desse povo. Até as pessoas de classes sociais mais baixas gostavam de usar vários ornamentos para se embelezar.
Porém, no Egito, a indumentária – não usarei a palavra moda, pois naquela época não existia esse conceito, tendo sido introduzido somente a partir do século XIX – tinha a função de distinguir as pessoas conforme a hierarquia social.  Por ser uma sociedade estruturada por castas, a cultura permaneceu inalterada durante anos de sua existência, consequentemente, a vestimenta também manteve-se relativamente sem mudanças entre 3000 a.C. e 1550 a.C. Os egípcios vestiam-se com o mínimo de roupas, em função do clima. Como dito, a ostentação estava mais envolvidas com os cosméticos e acessórios, dando grande valor à aparência física.
 

As castas mais baixas e os escravos, principalmente as mulheres domésticas, andavam quase ou completamente nus [algo que era visto com naturalidade, de certa forma, como os indígenas. De certa forma]. Já as castas superiores usavam vestimentas variadas feitas de linho e algodão – consideravam as fibras animais impuras e, assim proibidas –.  Os cortes eram simples e a cor, natural. Adoravam a transparência que permitia a visão dos belos corpos que possuíam.
A roupa mais comum e usada por eles era o chanti, basicamente um pedaço de tecido amarrado na cintura como uma tanga. Existiam em vários tamanhos e, quanto mais nobre fosse a casta, mais requintado era [com bordados em ouro e pedras preciosas, pregas e gomas]. O haik era uma túnica longa, usada na maioria das vezes pelas mulheres. Já o calasiris era um item basicamente da classe alta, usado tanto por homens quanto por mulheres. Ele se constituía em uma capa retangular que podia virar túnica se costurado do lado, feitas de tecidos leves e transparentes usada por cima do haik ou do chanti. Quando havia drapeados e plissados ressaltava ainda mais os símbolos de riquezas.
Para os adereços, existia o oskh, que era uma gola larga coberta por jóias, cobrindo o peitoral, usado tanto por homens quanto por mulheres; e a kafle, um adereço de cabeça feito em papiro usado pelos nobres e faráos.
(Rei faraó usando o chanti, oskh e adereços como braceletes e a coroa. A rainha está vestida com o haik,  kalasires, oskh e um adereço de cabeça da realeza)
A higiene era outro quesito essencial para os egípcios. Por esse motivo [e por outros, evidentemente], se houvesse uma infestação de piolhos, cabeças de ambos os sexo eram raspadas e cobertas depois com perucas. Um corpo com pelos não era desejável nem para homens, nem para mulheres. Acreditava-se que perucas eram usadas também pela proteção do sol e  status social, produzidas com folhas vegetais, linho, palmeira e até mesmo cabelos naturais. Os que mantinham os cabelos usavam de forma bem características, com os fios enrolados. Já os guerreiros usavam capacetes de metal em forma de elmos.
As jóias utilizadas em abundâncias – colares, braceletes, entre outros– eram considerados indispensáveis, por isso eram colocadas nas sepulturas. Para o povo eram jóias feitas de vidros, para os nobres, pedras preciosas não lapidadas. Os faráos usavam peles de leopardo jogadas por cima dos ombros, para demonstrar poder.  Há referências que dizem que nos pés, somente o faraó e os sacerdotes podiam calçar sandálias – feitas de papiro –. Mulheres e todo o resto da sociedade, seja rico, seja pobre,  andavam descalços. No entanto, essa afirmação não é bem estabelecida, pois existem estudiosos que dizem que todos podiam usar, mas não era algo tão comum na civilização, afirmando ser no Egito em que nasceram as primeiras sandálias.
Os antigos egípcios davam uma enorme importância para o vestuário, jóias e principalmente os cosméticos, e às vezes é difícil acreditar que os óleos, aromatizantes, esfoliação, argila, hena, maquiagem, esmalte entre outros iten [tão comuns e indispensáveis atualmente], já estiveram presentes numa civilização tão distante da nossa. A hena já era utilizada para tingir unhas, escurecer cabelos e pintar o corpo. Nos olhos marcados usavam maquiagem preta e sombra verde
E claro: falar de beleza no Egito é falar na rainha Cleópatra, para quem vaidade era primordial. Como maquiagem, Cleópatra aplicava ao redor dos olhos o “kohl” preto – ou malaquita verde. A aplicação era realizada com uma vara feita a partir de materiais como hematita obsidiana e bronze ou aplicada com rolha da garrafa, alongada em uma ponta para ser mergulhado na tinta. Suas pálpebras e sobrancelhas também foram reforçadas com kohl umedecido em pó, aumentando e delineando ainda mais seu olhar.
Ela também explorava matérias-primas curativas, composições como o kyphi e óleos aromáticos. O costume de ungir o corpo com óleo era uma rotina, ainda mais por causa do tempo seco ao redor do Nilo. Um dos óleos utilizados era o óleo de ambrette (proveniente das sementes de plantas Hibiscus) ou óleos provenientes da Grécia. Outro truque de beleza de Cleópatra era o uso da Aloe Vera na pele e nos cabelos. Era comum naquela época também o uso do “Bálsamo da Meca” (ou Bálsamo de Gileade, como é chamado na Bíblia ¬- que é uma goma resinosa da árvore de “gileadensis Commiphora), que foi usado para tornar a pele macia e sedosa.
Cleópatra gostava de destacar os lábios com um gel feito a partir de ocre vermelho e gordura, ou de uma das plantas utilizadas para tingimento. As bochechas também eram destacadas com um pouco de ocre vermelho e gordura. Para o realce natural dos seios, massageava-os com um soro contendo erva-doce e endro – ervas que contêm fitoestrógenos, hormônios vegetais naturais que imitam o estrogênio, que é encontrado no corpo de uma mulher-.
E não era somente por estética não, tinha seus motivos de saúde também. Há uma pesquisa realizada no final de 2009 por pesquisadores do Museu do Louvre em parceria com o Instituto francês CNRS que dizem que os produtos usados pela rainha do Egito continham uma pequena quantidade de sais de chumbo, que preveniam infecções no olho. A mesma pesquisa afirma que quando alguém tinha problemas de infecção na região, a maquiagem era usada como remédio.
(Amostra de um vaso de alabastro. Os sacerdotes egípcios faziam um grande uso de perfumes para homenagear as divindades que eram colocados nesses vasos. Era também o perfume que a rainha usava)
Não é atoa que o Egito foi uma das maiores e mais importante civilizações antigas; sua história vai além das já grandiosas construções das pirâmides, o rio Nilo e do enorme poder.

OS DEUSES EGÍPCIOS

Os deuses do antigo Egito, foram Faraós que reinaram no período pré dinástico. Assim, os mitos foram inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes de sua criação. Para a cultura do antigo Egito o casamento consangüíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si.
Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos. Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios. Os teólogos oficiais afirmam que neles encarnava-se uma parcela das forças espirituais e da personalidade de um ou mais deuses. Deve ser entendido que o “deus” não residia em cada vaca ou em cada crocodilo. O culto era dirigido a um só indivíduo da espécie, escolhido de acordo com determinados sinais e entronizado num recinto especial. Ao morrerem, os animais sagrados eram cuidadosamente mumificados e sepultados em cemitérios exclusivos.
NUN: É a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun ( o sol nascente ) e Re ou Rá ( o sol do meio dia ).




ATUN:Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer, original de Heliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do Baixo Egito. Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Shu o ar e Tefnut a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá.







AMON:O deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós, ele é o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.






: o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o “rebanho de Rá”. O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
SHU:, é o deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. É representado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa, formava o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Era associado ao Leão.



TEFNU:, considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se do horizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade. Ela é retratada como uma mulher com a cabeça de uma leoa, indicando poder. Shu afasta a fome dos mortos, enquanto Tefnut afasta a sede. Shu e Tefnut são os pais de Geb e Nut.









NUT: deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.


GEB: o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.



OSÍRIS: irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (espaço, luz, terra, céu…). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.


            
ÍSIS:, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo,reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um assento com espaldar (trono) que é o hieróglifo de seu nome.

SETH:, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.





NÉFTIS:, é a esposa de Seth, mas quando este trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Como Isis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.






                            



HÁTOR: personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.




HÓRUS: filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem comcabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de “Horus do horizonte”, assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).




                
ANÚBIS: filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao paláciode Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.

TOTH: divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. “Mestre das palavras divinas”. Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.


MAÁT: esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.

 

PTAH:, deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é “aquele que afeiçoou os deuses e fez os homens” e “que criou as artes”. Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se “o superior dos artesãos”. É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho Nefertum, o deus do nenúfar ( plantas aquáticas ).






 
SEKHMET:, uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar, era uma de suas representações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias. Essa divindade feroz era adorada na cidade de Mênfis. Sua juba ( dizem os textos ) era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol… o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria…








BASTET:, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.








KHNUM:, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios. Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati ( a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.




SEBEK:, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, eram protegidos, nutridos e domesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.




TUÉRIS:, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.




KHEPRA:, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.


 
ÁPIS:, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.








BABUINO  Um cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.








 

ÍBIS:, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.






APÓFIS:, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.

A mitologia egípcia inclui muitos deuses e deusas, entretanto, geralmente representam o mesmo conjunto de forças e arquétipos. O grupo acima descrito, resume de modo satisfatório o grande panorama da religião egípcia que perdurou durante milênios.

Nomes Árabes Femininos

Aqui você encontra uma lista de Nomes Árabes Femininos com suas traduções.
 A
Abia – Fantástica, Excelente
Abida – Praticadora Da Religião
Abir, Abeer – Fragrance
Ablah, Abla’ – Perfeitamente Formada
Abra – Exemplo, lição
A’dab – Esperança / Necessidade
Adara – Virgem
Adiba – Culturada, Educada
Adila, Adilah, Adeela – Igual / Igualdade
Adiva – Adorável / Gentil
Afaf – Virtuosa, Digna, Pura
Afifah – Virtuosa
Afra’ – Branca
Ahd – Promessa / Conhecimento / Sabedoria
Ahlam – Aquela Que Tem Sonhos Agradáveis / Imaginativa
A’idah, Aida – Visitas / Recompensa / Retorna
Ain – Olho / Preciosa
Aini – Primavera / Flor / Fonte / Escolha
A’ishah, Aisha, Ayishah – Vivida, Próspera, A Mulher Mais Nova Do Profeta (Que A Paz E A Benção Estejam Com Ele)
Akilah – Inteligente, Ter Lógica, Ter Razão
Alhena – Um Anel / A Estrela Da Constelação Gemini
Alima – Sábia / Inteligente
Alimah – Ter Dote Para A Música Ou Dança
Aliyyah, Aliah, A’lia – Exaltada, Nobre, Mais Alta Posição Social
Almas – Diamante
Aludra – Virgem
Alzubra – Uma Estrela Na Constelação Leo
Amal, A’mal, Amala – Esperanças, Aspirações
Amani – Desejos
Amatullah – Serva Feminina De Allah
Amber – Jóia
Aminah, Ameena – De Confiança / Fiél
Amineh – Fiél
Amirah, Ameera – Princesa, Líder
Amtullah – Serva Feminina De Allah
Anan – Nuvens
Anbar – Perfume, Âmbar
Anisah – Íntima, Perta, Boa Amiga
Anwar – Raios De Luz
Ara – Pareceres
Areebah – Espirítuosa / Esperta
Arub – Amabilíssima Para O Seu Marido
Asima – Protectora
Asiya – Aquela Que Tende Para O Fraco / Aquela Que Cura
Asma’ – Excelente / Preciosa / Filha De Abu Bakr
Atifa – Carinhosa / Simpática
Atiya – Presente
Ayah – Sinal / Distinta / Nome Árabe Para Uma Linha No Sagrado Alcorão
Azhar – Flores
Azizah, Azeeza – Estimada, Preciosa, Acarinhada
Azzah – Jóvem, Fêmea Gazela B
Badi’a – Admirável, Única
Badra – Lua Cheia
Badriyyah – Parecida / Similar Á Lua Cheia
Bahira, Baheera – Fantástica / Brilhante
Bahiya – Bela / Linda / Bonita / Radiante
Balqis – Nome Da Rainha De Sheba
Banan – Delicada / Ponta Dos Dedos
Baraka – Aquela Que É Branca / Boa
Bari’ah – Excelente
Barika – Ser Bem Sucedisa
Bashirah, Basheera – Aquela Que Traz Alvíssaras / Traz Alegria
Basimah, Baseema – Sorriso
Basmah – Um Sorriso
Batul, Batool – Virgem Ascética
Bilqis – Rainha De Sheba
Bushra – Bom Presságio / Futuro
Buthaynah, Buthayna – De Corpo Bonito / Macio
C
Cala – Castelo
Cantara – Ponte Pequena
D
Dahab – Ouro
Dalal – Tratada Ou Tocada De Uma Espécie E Forma Amorosa
Duha, Dhuha – Manhã
F
Fadilah, Fadheela – Virtuosa / Superior / Culta / Requintada
Fadwa – Nome Derivado De Auto-Sacrifício
Faizah – Victoriosa / Vencedora
Falak – Estrela
Farah – Alegria
Faridah, Fareeda – Única / Imcomparável / Pérola Preciosa Ou Gema
Farihah, Fareeha – Feliz / Alegre
Fatimah, Fatima – Filha Do Profeta (Que A Paz & A Benção Estejam Com Ele)
Fatin or Fatinah – Atraente / Cativante / Encantadora
Fawziyyah, Fawziya, Fazia – Bem-Sucedida / Vitoriosa
Fellah – Jasmine Árabe
Firyal – Nome
Firdaws, Firdoos – Jardim Mais Alto No Paraíso
G
Ghadah – Linda / Bela / Bonita
Ghaliyah – Perfumada / Fragrante
Ghaniyah – Rapariga Bonita / Bela Mulher
Ghayda – Jóvem E Delicada
Ghusun, Ghusoon – Ramos De Uma Árvore
H
Habibah – Amada / Querida
Hadiya – Guiada Para A Justiça
Hadiyyah – Um Dom
Hafsah – Esposa Do Profeta (Que A Paz & Benção Estejam Com Ele)
Hafthah – Preservada / Protegida
Haifa, Hayfa’ – Delgada / De Corpo Bonito
Halah – Auréola
Halimah, Haleema – Gentil / Amabilíssima / Doce / Leve-Temperada
Hamidah, Hameeda – Louvável
Hana’ – Alegria
Hanan – Mercy
Hanifah, Hanifa, Haneefa – True believer
Haniyyah – Pleased, happy
Hasna’ – Beautiful
Hayam – Deliriously in love
Hayat – Life
Hessa – Destiny
Hibah – Misericórdia / Piedosa
Hind – Nome Próprio
Huda, Hooda – Guiada Para O Bem
Humahuaca – Pássaro Que Traz Alegria
Huriyyah, Hooriya – Anjo
Husn – Beleza
Husniyah – Bela / Bonita / Encantante
I
Ibtihaj – Alegria
Ikram – Honra / Hospitalidade / Generosidade- Intuition
Ilham – Idea Intuitiva
Iman – Fé / Crença
Imtithal – Bem Educada / Obediente
In’am – Amabilidade / Gentileza / Beneficiência
Inas – Sociável
Inaya – Concerno / solicitude
Intisar – Triunfo
Izdihar – Flores / Florescendo
J
Jala’ – Clareza / Elucidação
Jamilah, Jameela – Bonita / Amável / Graciosa
Janan – Coração / Alma
Johara – Jóia
Jumanah – Pérola Cinzenta
K
Kalila – Amada / Querida
Kamilah – Perfeita
Karida – Não-Tocada
Karimah, Kareema – Generosa / Nobre
Kawthar – Rio No Paraíso
Khadijah, Khadeeja – Primeira Esposa Do Profeta (Que A Paz & A Benção Estejam Com Ele)
Khalidah – Imortal
Khayriyyah, Khairiya – Caridosa / Caridade / Boa
Khulud, Khulood – Imortalidade
Kulthum, Kulthoom – Filha Do Profeta (Que A Paz & A Benção Estejam Com Ele)
L
Lama – Escureza De Lábios
Lamis, Lamees – Suave Ao Toque
Lamya’ – Lábios Escuros
Latifah, Lateefa – Suave / Amável / Agradável / Amigável
Layla, Leila – (Nascida Durante A) Noite
Lina, Leena – Ternura
Lubabah – A Essência De Intimidade
Luloah – Uma Pérola
Lu’lu’ – Pérolas
M
Madihah, Madeeha – Louvavél
Maha – Vaca Selvagem / Olhos De Vaca
Ma’isah – Andando / Balançando / Marchando Com Olhar Orgulhoso
Maizah – Astuta / Perspicaz
Majidah, Majeeda – Gloriosa
Makarim – De Carácter Digno E Bom
Malak – Anjo
Malika – Rainha
Manal – Realidade / Realização
Manar – Luz Guiadora
Maram – Aspiração
Mariam, Maryam – Mão De Isa (Jesus) (Que A Paz E A Benção Estejam Com Ele) / Termo/Forma Árabe Para “Maria”
Mas’ouda – Feliz / Sortuda / Sorte
Mawiyah – A Essência Da Vida
Maymunah – Abençoada
May – Velho Nome Árabe
Maysa’ – Andando / Balançando / Marchando Com Olhar Orgulhoso
Maysun, Maysoon – De Belo Rosto/Corpo
Mayyadah – Andando / Balançando / Marchando Com Olhar Orgulhoso
Mufidah, Mufeeda – Útil
Muhjah – Sangue Do Coração / Alma
Muminah – Devotada / Crente
Muna, Mona – Desejo /
Munirah, Muneera – Iluminante / Luminosa / Esclarecida
Mushirah, Musheera – Dar Conselho / Aconselhar
Muslimah – Crente / Aquela Que Se Submite Á Vontade De Deus / Muçulmana
N
Nabihah, Nabeeha – Inteligente
Nabilah, Nabeela – Nobre
Nada – Generosa
Nadia – O Começo /Começo / A Primeira
Nadidah, Nadeeda – Equal / Rival
Nadirah – Rara / Preciosa
Nafisah, Nafeesa – Uma Coisa Preciosa
Nahlah – Uma Bebida De Água
Na’ilah – Adquiridora / Aquela Que Consegue
Na’ima, Na’imah – Comforto / Amenidade / Tranquilidade / Paz
Najah – Sucesso
Najat – Segura / Segurança
Najibah, Najeeba – De Nobre Nascimento
Najiyah – Segura
Najla – De Olhos Grandes/Largos
Najwa – Conversas Confidenciais / Falar Em Secreto
Najya – Vitoriosa
Nashida – Estudande
Nashita – Energética / Cheia De Vida
Nashwa – Fragrancia, Perfume, Que Qual Intóxica
Nasiha – Aquela Que Dá Conselhos Valiosos
Nasira – Vitoriosa / Ajudante
Nathifa – Limpa / Pura
Nawal – Presente / Dote
Nawar – Flor
Nazahah – Pureza / Honestidade
Nazihah – Honesta
Nazirah – Semelhante / Igualdade / Combinada
Nibal – Setas
Nida – Chamada
Ni’mah – Benção
Ni’mat – Benções
Nouf – Ponto Mais Alto Numa Montanha
Nudar, Nudhar – Ouro
Nuha – Inteligência
Numa – Bonita E Agradável
Nur, Noor – Luz
Q
Qubilah – Harmoniosa
R
Rabab – Núvem Branca
Rabi’ah – Jardim, Primavera
Radeyah, Radhiya – Contente / Satisfeita
Radwa, Radhwa – Uma Montanha Em Madinah
Rafa’ – Alegria / Properidade
Raghd – Agradável
Rahimah – Clemente, Compassionada
Ra’idah – Líder
Raja’ – Esperança / Prometedora
Rana – Olhar / Olhadela
Rand – Árvore De Bom Aroma
Raniyah – Um Olhar
Rasha – Gazela Jóvem
Rashida, Rasheeda – Sábia / Madura
Rawdah, Rawdha – Jardim
Rawiyah – Transmissor Da Poesia Antiga Árabe
Rayya – Saciar Com Bebida
Rida – Preferida/Favorecida Por Allah
Rihana – Basilicão Suave
Rim, Reem – Gazela
Rima, Reema – Antílope Branco
Rukan – Estável / Firme / Confidente
Ruqayyah, Ruqaya – Gentlíl / Filha Do Profeta (Que A Paz E A Benção Estejam Com Ele)
Ruwaydah – Andar Gentíl
S
Sabah – Manhã
Sabirah – Paciente
Safa – Clareza / Pureza / Serenidade
Safiyyah – Sem-Problemas / Serena / Pura / Melhor Amiga
Sahar – Madrugada / Aurora
Sahlah – Suave / Macia / Fluente
Saidah – Feliz / Afortunada
Saihah – Boa / Útil
Sakinah, Sakeena – Inspirada Por Allah / Paz Na Mente / Traquila
Salihah – Corecta, Acordável
Salimah, Saleema – Paz, Ipecável / Robusta / Saudável / Segura
Salma – Pacífica / Calma
Salwa – Consolada / Comfortada
Samah – Generosa
Samar – Conversa Á Noite
Sameh – Aquela Que Perdoua
Samihah, Sameeha – Generosa
Samira, Sameera – Uma Companheira Feminina Divertida
Samiyah – Elevada, Exaltada
Sana’ – Brilo / Brilhante (De Ver)
Sawsan – Lírio De Um Vale
Shadha – Aromático
Shadiyah – Cantora
Shahrazad – Contador Da “História De 1001 Noites”
Sharifah, Shareefa – Nobre
Siham – Setas
Souad or Su’ad
Suha – Nome De Uma Estrela
Suhailah, Suhaylah, Suhayla – Delicada / Suave / Fluente
Suhaymah – Seta Pequena
Suhayr, Suhair
Sumayyah, Sumaiya
T
Tahirah – Pura
Takiyah – Piedosa / Certa
Talibah – Procuradora De Conhecimento
Tarub, Taroob – Alegre / Animada / Contente
Thana’ – Agradecida
Thara’ – Fortuna / Riqueza
Thurayya – Estrela
U
Umayma – Mãe Pequena
W
Wafa’ – Ter Fé
Wafiqah, Wafeeqa – Ter Sucesso
Wafiyyah, Wafiya – Fiel / Leal / Verdadeira
Wahibah – Aquela Que Dá / Doadora
Wajihah, Wajeeha – Eminente, Distínguida
Walidah – Recém Nascida
Warda, Wardah, Wordah – Rosa
Widad – Amor / Amizade
Wijdan – Sentimento
Wisal – Comunião De Amor
Y
Yafiah – Alto
Yakootah – Esmeralda
Yamha – Pomba
Yaminah – Certa / Próspera
Yasirah – Flexível / Complacente
Yasmine, Yasmin, Yasmeen – Jasmim
Yumn – Boa Furtuna / Sucesso
Yusra – Nome Próprio
Z
Zafirah – Vitoriosa / Ter Sucesso
Zahirah – Brilho / Que Brilha / Iluminosa
Zahra’ – Branca
Zahrah – Flor / Beleza / Estrela
Zainab, Zaynab – Filha Do Profeta (Que A Paz & A Benção Estejam Com Ele)
Zakiyyah – Pura
Zaynah, Zaina – Bela / Beleza / Bonita
Zubaidah – Excelente

Traduzido Por Youssef F.
Retirado de http://mundoislamico.wordpress.com/

sábado, 27 de outubro de 2012

"Se você é uma pessoa que respeita os seus olhos, o seu nariz, os seus ouvidos, Eu lhes digo, você ficará surpreso, tudo é tão prazeroso. Neste mundo, há tantas coisas para serem desfrutadas. Mas as pessoas não conseguem ouvir nada que seja bom. Há pássaros que estão cantando, elas não conseguem ouvir. Há árvores que estão crescendo, elas não conseguem ver; há flores que têm fragrância, elas não conseguem sentir o cheiro, porque elas estão num nível tão baixo em sua auto-estima."
"Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido". - Adenoid Hynkel, uma sátira à Adolf Hitler, vivido por Charles Chaplin em "O grande ditador", de 1940.

Hekm el alb - A escolha do Coração

Há pessoas que encontramos

E depois esquecemos que a conhecemos
E há pessoas que encontramos

E depois ficamos com medo de deixá-las
E há pessoas que se mantêm conosco nos caminhos

E permanecemos apaixonados

Este é o coração, sua escolha
Ele pode escolher e amar
O coração fica feliz quando se ama
E há corações que permanecem acesos

Há pessoas que nos adoram
O seu amor por nós é sobrenatural
E há pessoas que nos esquecem,
E estas nós amamos mais

Há pessoas que se tornam restritas
E as pessoas as adoram e seu amor é insano
Mesmo que seu amor se torne doloroso para os outros
Elas vivem felizes.
Os casais bonitos são aqueles que acima de namorados, são amigos. Brincam, brigam, tiram sarro um do outro, se mordem, beliscam, mas se amam de um jeito que nenhuma pessoa do mundo consegue duvidar. Amor não é só beijos e amassos. Amor é cuidado, amor é carinho, amor também é amizade.

Freedom

ENTUSIASMO


A palavra entusiasmo vem do grego e significa “ter um deus dentro de si”.
Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela "preenchida" por um dos deuses e por isso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim, se você fosse entusiasmado por Deméter (deusa da Agricultura, chamada Ceres na mitologia romana) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante.
Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano, criar uma realidade ou modificá-la. Portanto, era preciso entusiasmar-se, ou seja, “abrigar um deus em si”!
Por isso, as pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza. E acreditam igualmente nos outros entusiasmados. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. O entusiasmo é bem diferente do otimismo.
Otimismo significa esperar que uma coisa dê certo.
Entusiasmo é acreditar que é possível fazer dar certo.

Não há grandes coisas na vida. A vida consiste em coisas pequenas. Mas se você sabe curti-las, você as transforma em coisas grandes.


Viva o Presente Precioso

O presente precioso nada tem haver com sonhos. Quando tiver o presente precioso você se sentirá contente de estar onde está. Você já conhece o presente precioso. Você já sabe onde encontrá-lo. E já sabe como pode fazê-lo feliz. E conheceu melhor quando era um menino. Apenas esqueceu. O presente precioso não é uma coisa que alguém lhe dê. É um presente que vc dá a si
mesmo, o Presente precioso. É bom para mim pensar sobre o passado e aprender com meu passado. Mas não é bom para mim estar no passado. Pois é assim que perco o meu eu. Também é bom pensar sobre o futuro e me preparar para o futuro. Pois é assim, também que perco meu eu. E quando perco o meu eu perco o que é mais precioso para mim. Posso escolher ser feliz agora ou posso tentar ser feliz quando...ou se... Sei que algumas pessoas escolhem receber o presente precioso quando são jovens, outras na meia idade e algumas quando são muito velhas. E há pessoas, tristemente que nunca o fazem. Posso escolher receber o presente precioso sempre que eu quiser. O presente é o que é. E é valioso. Mesmo que eu não saiba porque. Já é justamente como deveria ser. Quando eu vejo o presente, aceito o presente e experimento o presente. Estou bem e estou feliz. A dor é apenas a diferença entre o que é e o que quero que seja. Quando me sinto culpado por meu passado imperfeito, ou me sinto ansioso por meu futuro desconhecido, eu não vivo o presente. Sinto dor e me faço doente. Sou infeliz. Meu passado foi o presente e meu futuro será o presente. O momento presente é a única realidade que eu experimento. Enquanto eu continuar a permanecer no presente, sou feliz por toda a vida. Porque toda vida é sempre o presente. O presente é simplesmente quem sou, apenas como eu sou... Agora, e é precioso. EU SOU O PRESENTE PRECIOSO. Sou....Agora, e é precioso. EU SOU O PRESENTE PRECIOSO.


A Historia do Bambu Chinês

Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se ve nada por aproximadamente cinco anos, exceto um lento desabrochar de um diminuto a partir do bulbo.
Durante cinco anos, todo o crescimento e subterrâneo, invisível a olho nu, mas macica e fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontalmente pela terra esta sendo construída. Entao, no final de 5 anos, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros. Um escritor de nome Covey escreveu:
Muitas coisas na vida pessoal são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento e às vezes, nao ve nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu quinto ano chegará e com ele virão um crescimento e mudancas que você jamais esperava. O bambu chinês nos ensina que nao devemos facilmente desistir de nossos projetos e de nossos sonhos!
Viver, sonhar, que é um projeto fabuloso, que envolve mudancas de comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização. Devemos sempre lembrar do bambu chinês para nao desistir facilmente diante das dificuldades que surgirão. Procure cultivar sempre dois bons habitos em sua vida: a PERSISTÊNCIA E A PACIÊNCIA! pois vc merece alcançar todos os seus sonhos!!! É preciso muita fibra para chegar as alturar e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.

Como cai um avião

O avião é o meio de transporte mais seguro que existe. Mas algo sempre pode dar errado. Quais são os principais riscos de voar? E o que realmente pode acontecer durante um acidente?

por Bruno Garattoni e Sylvia Estrella ( Revista Super Interessante)
"Senhores passageiros, sejam bem-vindos. Em nome da SincereAir, a companhia aérea que só fala a verdade, peço sua atenção para algumas instruções de segurança. Primeiramente, gostaríamos de parabenizar os passageiros que estão sentados no fundo da aeronave - em caso de emergência, sua chance de sobreviver será bem maior. Durante a decolagem, o encosto de sua poltrona deverá ser mantido na posição vertical. Isso porque, em nossa nova e moderna frota de aeronaves, as poltronas da classe econômica são tão apertadas que impedem a eva-cuação da aeronave em caso de emergência. Na verdade, se a segurança fosse nossa maior prioridade, colocaríamos todos os assentos virados para trás. Metade do ar dentro da cabine é reciclado, o que nos ajuda a economizar combustível. Isso poderá reduzir a taxa de oxigênio no seu sangue, mas não costuma ser perigoso - e geralmente causa uma agradável sonolência. Mantenha o cinto de segurança afivelado durante todo o voo - ou você poderá ser vítima de turbulência, que é inofensiva para a aeronave, mas mata 25 passageiros por ano. Lembramos também que o assento de sua poltrona é flutuante. Não que isso tenha muita importância: a probabilidade de sobreviver a um pouso na água com um avião grande é mínima (geralmente a aeronave explode ao bater na água). Obrigada por terem escolhido a SincereAir, e tenham todos uma ótima viagem!"

Nenhuma empresa aérea revelaria verdades como essas. Afinal, mesmo que o avião seja o meio de transporte mais seguro que existe, ele não é (nada é) 100% seguro. A partir de uma série de estudos feitos por especialistas, chegamos às principais causas de acidentes - e descobrimos fatos surpreendentes sobre cada uma delas. Prepare-se para decolar (e cair).


Despressurização Quando as máscaras caem.

Quanto mais alto você está, mais rarefeito é o ar. Com menos resistência do ar, o avião consegue voar muito mais depressa - e gasta bem menos combustível. É por isso que os aviões comerciais voam bem alto, a 11 km de altura. O problema é que, nessa altitude, a pressão atmosférica é muito baixa (veja no infográfico). Não existe ar suficiente para respirar. Por isso, os aviões têm um sistema que comprime o ar atmosférico e joga dentro da cabine: a pressurização. É uma tecnologia consagrada, que estreou na aviação comercial em 1938 (com o Boeing 307). Mas, como tudo na vida, pode falhar. Sabe quando a aeromoça diz que "em caso de despressurização, máscaras de oxigênio cairão automaticamente"? Não assusta muito, né - parece bem menos grave do que uma pane na turbina do avião, por exemplo. Ledo engano. A despressurização pode matar, e rápido. Ao contrário do afogamento ou de outros tipos de sufocação, aos quais é possível resistir por alguns minutos, uma despressurização aguda faria você apagar em menos de 15 segundos. Em agosto de 2008, um Boeing 737 da companhia Ryanair, que ia para Barcelona, sofreu despressurização parcial da cabine. "Veio uma lufada de vento gelado e ficou incrivelmente frio. Parecia que alguém tinha aberto a porta do avião", contou um dos passageiros ao jornal inglês Daily Telegraph. Para piorar as coisas, nem todas as máscaras de oxigênio caíram automaticamente. E, das que caíram, várias não liberavam oxigênio. O que salvou os 168 passageiros é que o avião estava voando a 6,7 km de altura, mais baixo do que o normal, e isso permitiu que o piloto reduzisse rapidamente a altitude para 2,2 km, onde é possível respirar sem máscara.


Falha estrutural (ou como a força G pode despedaçar a aeronave). O avião pode perder uma asa, leme ou outra parte vital quando está no ar. Quase sempre, o motivo é manutenção malfeita - a estrutura acumula desgaste até quebrar. Mas isso também pode acontecer com aeronaves em perfeito estado. Se o piloto fizer certas manobras, gera forças gravitacionais muito fortes - e a fuselagem arrebenta. Foi o que aconteceu em 2001, com um Airbus A300 da American Airlines que decolou de Nova York. O piloto pegou turbulência, se assustou e tentou estabilizar a aeronave com movimentos normais, porém bruscos. O rabo do avião quebrou e o A300 caiu, matando 260 pessoas. Pode parecer um caso extremo, mas a resistência dos aviões à força G é uma preocupação central da indústria aeronáutica. Os jatos modernos têm sistemas que avisam quando estão voando com ângulo, velocidade ou trajetórias que possam colocar em risco a integridade da fuselagem. E a Boeing adiou o lançamento de seu novo avião, o 787, para alterar o projeto dele (simulações indicaram que, durante o voo, as asas poderiam sofrer forças G altas demais).


Pane nas turbinas Acontece. Mas não pelo que você pensa.

O maior inimigo das turbinas não são as falhas mecânicas; são os pássaros. Entre 1990 e 2007, houve mais de 12 mil colisões entre aves e aviões. As turbinas são projetadas para suportar alguns tipos de pássaro (veja ao lado), e isso é testado em laboratório com uma máquina, o "canhão de galinhas", que dispara frangos mortos contra as turbinas a 400 km/h. Desde 1990, 312 turbinas foram completamente destruídas em voo pelos pássaros. Se o avião perder um dos motores, consegue voar só com o outro. Mas, se isso acontecer durante a decolagem, quando a aeronave está baixa e lenta (90% dessas colisões acontecem a menos de 1 000 metros de altitude), ou se os pássaros destruírem ambas as turbinas, as consequências podem ser dramáticas. Como no incrível caso de um Airbus A320 da US Airways que perdeu os dois motores logo após decolar de Nova York, em janeiro. Mesmo sem nenhuma propulsão, o piloto conseguiu voar mais 6 minutos e levar o avião até o rio Hudson. Num dos raríssimos casos de pouso bem-sucedido na água, ninguém morreu.


Falha nos computadores Sim, eles também se enganam. E quando isso acontece...

Os computadores de bordo são vitais na segurança de voo. Mas também podem falhar. Como no caso do Airbus A330 - o mais computadorizado dos jatos atuais. Nos últimos 12 meses, sete A330 enfrentaram uma situação crítica: partes do computador de bordo desligaram ou apresentaram comportamento errôneo. Num desses casos, o desfecho foi dramático (o voo da Air France que ia de São Paulo para Paris e caiu no oceano Atlântico, matando 232 pessoas). Mas o problema não é exclusividade da Airbus. Em agosto de 2005, um Boeing 777 da Malaysia Airlines que decolou da Austrália teve de retornar às pressas depois que, aos 18 minutos de voo, o piloto automático começou a inclinar o avião de forma perigosa. Era um problema de software.


Erro humano Na maior parte das vezes, o piloto tem (alguma) culpa.

Os acidentes aéreos são uma sequência de erros que se somam. E, em 60% dos casos, essa equação inclui algum tipo de falha humana. A pior de todos os tempos aconteceu em 27 de março de 1977. Foi na ilha de Tenerife, um enclave espanhol a oeste da costa africana. Vários fatores se juntaram para produzir essa tragédia. Primeiro: um atentado terrorista fechou o principal aeroporto de lá e fez com que todo o tráfego aéreo fosse desviado para um aeroporto menor, Los Rodeos, que ficou sobrecarregado e cheio de aviões parados no pátio. Entre eles, dois Boeing 747. Um vinha de Amsterdã, o outro de Los Angeles. O avião americano solicitou autorização para decolar. Quem estava no comando era o piloto Victor Grubbs, 57 anos e 21 mil horas de voo. A torre de controle respondeu negando - era preciso esperar a saída do outro 747, o holandês, pilotado pelo comandante Jacob van Zanten. Zanten ficou impaciente, porque sua tripulação já estava em serviço havia 9 horas. A torre de controle reposicionou as ae­ronaves. O nevoeiro era muito forte e, por um erro de comunicação, o avião americano foi parar no lugar errado. Ignorando instruções, o 747 holandês começou o procedimento de decolagem. Ace­lerou e bateu com tudo no outro avião, que manobrava à frente. Foi o pior acidente da história, com 583 mortos.


Turbulência Como o avião pode perder a sustentação no ar.

Turbulência não derruba avião. Os jatos modernos são projetados para resistir a ela. Você já ouviu esse discurso? É uma meia-verdade. Um levantamento feito pela Federal Aviation Administration (FAA), agência do governo americano que estuda a segurança no ar, revela que entre 1992 e 2001 houve 115 acidentes fatais em que a turbulência esteve envolvida, deixando 251 mortos. Na maior parte dos casos, eram aviões pequenos, mas também houve mortes em aeronaves comerciais - as vítimas eram passageiros que estavam sem cinto de segurança, e por isso foram arremessados contra o teto a até 100 km/h (velocidade suficiente para causar fratura no pescoço). Ou seja: em caso de turbulência, o maior perigo não é o avião cair. É você se machucar porque está sem cinto. Os aviões têm instrumentos que permitem detectar com antecedência as zonas turbulentas, dando tempo para desviar, mas isso nem sempre é possível: existe um tipo de turbulência, a "de ar limpo", que não é captada pelos instrumentos da aeronave. Felizmente, é rara: só causou 2,88% dos acidentes fatais.


Pane hidráulica Existe um encanamento que corre por toda a fuselagem. Se ele furar, as consequências podem ser terríveis.

Os controles do avião dependem do sistema hidráulico - uma rede de canos que liga o cockpit às partes móveis do avião. Esses canos estão cheios de fluido hidráulico, uma espécie de óleo. Quando o piloto dá um comando (virar para a esquerda, por exemplo), um sistema de bombas comprime esse óleo - e o deslocamento do líquido movimenta as chamadas superfícies de controle. São as peças que controlam a trajetória do avião, como o leme e os flaps. O sistema hidráulico é tão importante, mas tão importante, que os aviões modernos têm nada menos do que três: um principal e dois de reserva. Por isso mesmo, a pane total é muito rara. Mas ela é o pior pesadelo dos pilotos. "O treinamento para situações de pane hidráulica é muito frequente e exige bastante dos pilotos", explica o comandante Leopoldo Lázaro. Se os 3 sistemas hidráulicos falharem, a aeronave perde totalmente o controle. E isso já aconteceu. Em julho de 1989, um McDonnell Douglas DC-10 decolou de Denver com destino a Chicago. Tudo corria bem até que a turbina superior, próxima à cauda do avião, explodiu. Estilhaços do motor penetraram na fuselagem e cortaram os canos de todos os sistemas hidráulicos. O avião não tinha como subir, descer, virar nem frear. Aí o comandante Alfred Haynes, 58 anos e 37 mil horas de voo, realizou uma das maiores proezas da história da aviação. Usando o único controle de potência das turbinas, o único que ainda funcionava no avião, conseguiu fazer um pouso de emergência. A aeronave explodiu, mas 185 dos 296 passageiros sobreviveram.



Inimigos alados
O que os pássaros podem fazer

Até 100 g Exemplo: andorinha. A ave é desintegrada pelas pás da turbina - que suporta engolir um grupo de até 16 pássaros pequenos.

100 g A 1,2 kg Exemplo: garça-branca. A turbina pode sofrer danos sérios, perder força ou parar. Mas o piloto pode reiniciá-la.

Acima de 1,2 kg Exemplo: urubu. Risco de pane total. O melhor que se pode esperar é que a turbina não exploda.

800 kg/s é a quantidade de ar aspirado pela turbina



Do que os pilotos precisam Quais são as condições ideais para voar (sem depender de instrumentos)

10 a 17 oC - temperatura em solo

5 km - visibilidade mínima

2 a 4 km - comprimento da pista do aeroporto



Por que os pilotos erram Os tipos de equívoco mais comuns

73,5% - Falta de treinamento (piloto não teve habilidade para controlar a aeronave)

35,1% - Erros de julgamento (piloto tomou decisões erradas)

14,3% - Erros de percepção (visibilidade inadequada, desatenção aos instrumentos etc.)

7,7% - Violações (desobedecer procedimentos de segurança)


Fonte Federal Aviation Administration (EUA) 


A hora da verdade Em que momento do voo os acidentes acontecem


0% - Avião parado

16% - Decolagem

27% - Subida inicial

16% - Voo de cruzeiro

4% - Descida

25% - Aproximação

12% - Pouso


Fonte - Boeing


Aerodinâmica para principiantes Como se voa (e não se voa)

1. O formato da asa direciona o ar, fazendo-o passar mais depressa por cima. O ar que vai para debaixo das asas fica mais lento, e por isso "dura" mais tempo - sustentando o avião no céu.

2. Na turbulência, isso não acontece. Correntes de vento e diferenças de pressão fazem a sustentação oscilar. A aeronave treme e chacoalha enquanto voa por esse ar bagunçado.



Meses de risco Em quais épocas do ano acontecem mais acidentes*

Jan - 8,96%

Fev - 7,4%

Mar - 8,77%

Abr - 6%

Mai - 5,84%

Jun - 8,18%

Jul - 9,74%

Ago - 8,96%

Set - 9,55%

Out - 8,18%

Nov - 9,55%

Dez - 7,79%


* A soma não dá 100% devido a arredondamento.

Fonte - Aircraft Crashes Record Office 


As aeronaves que mais caíram
Em acidentes fatais por milhão de decolagens

1. Boeing 707/720 - 8,72 acidentes/milhão

2. McDonnel DC-8 - 5,91 acidentes/milhão

3. Boeing 747 - 2,81 acidentes/milhão

4. Boeing 737 - 1,67 acidente/milhão

5. Airbus A300-600 - 1,00 acidente/milhão

6. Boeing 767 - 0,41 acidente/milhão

7. Airbus A320 - 0,36 acidente/milhão

8. Boeing 757 - 0,26 acidente/milhão

Fonte - Boeing 

Para saber mais
Caixa Preta
Ivan Sant’Ana, Editora Objetiva, 2000.

O Rastro da Bruxa
Carlos Ari Germano, EDPUCRS, 2008.