Quando
a gente nasce, Deus nos dá uma missão. Cada um recebe a sua e cabe a
nós mesmos escolhermos se vamos cumprí-la ou não. Quando eu nasci, Deus
disse que me queria mais perto d'Ele, que eu não fosse um ser humano
normal, mas que tivesse um adicional; Deus disse que eu iria morar no
céu, que eu poderia voar sobre as núvens, voar e alcançar lugares
impossíveis, alturas onde o homem sozinho não pode chegar. Por isso, eu
ganhei asas. Mas Deus também disse que não seria tão fácil assim
aprender a voar, que por muitas vezes eu iria cair, que haveriam algumas
turbulencias e que as tempestades poderiam vir a me derrubar. Ele disse
que eu iria passar por alguns momentos de despressurização, que o ar ia
me faltar. Mas Deus também disse (em letras maiúsculas e em negrito)
que Ele seria a minha máscara de
oxigênio para os momentos de despressurização e que também acalmaria as
tempestades nas minhas turbulencias. Deus disse que nada poderia me
ferir de tal maneira que eu não pudesse me reerguer, tomar impulso e
voar outra vez. Hoje, por turbulencias e despressurizações eu passo,
tombos eu levo, mas nunca fico por muito tempo pelo chão. Meu pouso dura
apenas o tempo necessário para sarar as feridas e recuperar as forças.
Deus me deu asas, Deus me deu a missão de voar, e durante o meu voo,
ajudar pessoas, de ser gentil e ser forte, de ter responsabilidade e de
sorrir, de servir e de comandar, de cuidar e de ser ajudada. Eu poderia
ser um pássaro, uma borboleta... ou uma simples folha sendo levada pelo
vento. Mas Deus me deu a missão de ser um anjo, um anjo que tivesse a
responsabilidade de cuidar de pessoas e servi-las com carinho, de
transmitir segurança e honestidade. Um anjo que nunca voaria sozinho,
mas que teria sua equipe e junto com ela levaria pessoas em segurança à
lugares diversos. Deus me fez um anjo, eu posso tocar o céu. Deus me fez
comissária de voo. Eu tenho asas, eu posso voar !